quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Só por hoje me permiti

Só por hoje me permiti sonhar com você
Mesmo sem entender o por quê
dessa subita vontade de imaginar essas situações
E pensando bem, não quero mais escrever sobre isso
Porque é rídiculo criar tudo isso e depois procurar saber
Mas fico intrigada se todos os seus poemas e melodias são direcionados à alguem ou se é apenas uma viagem...

Só por hoje eu me permiti pensar em você.

domingo, 31 de maio de 2015

Transbordo não nego, volto quando couber

São 04:20 da madrugada e eu estou em um dilema horrível: volto a escrever ou não?
Confesso que há algumas semanas uma professora me deixou muito reflexiva sobre isso, não que meus textos sejam completamente lindos e maravilhosos, ou extremamente tocantes para as outras pessoas, mas são tocantes para mim e isso basta. Na verdade sou a única pessoa que mais tem que sentir-se tocada com isso, o restante é identificadão. Acho que quem não sente-se tocado por si tem um grave problema.
Tenho guardado tantas chaves enigmáticas aqui dentro, tantas fechaduras trancadas e outras por vezes escancaradas, e tem porta que já nem existe mais, e alguns portões fiz questão de destruir e fiz com muito gosto.
As angustias de hoje já não são as mesmas de ontem e nem serão as mesmas de amanhã. mas de uma coisa teremos certeza: "a angustia nos acompanhará" já dizia Clóvis Barros Filho, alguém que um dia ainda verei ser reconhecido assim como foi Platão, Aristóteles, etc.
Percebi ao longo dos meus dias que esta angustia é causada pelo meu tempo ausente da criação de meus textos, seja aqui, seja no meu caderno, ou em guardanapo em um bar, em uma folha esquecida no meio de um livro, em qualquer lugar.
Meu eu-lírico, meus heterônimos, personagens, meu alter ego grita e suplica por uma volta. E cá estou a escrever esse texto sem nem mesmo saber onde ele vai dar.
São tantas histórias, contos inventados e mascarados, frases perdidas, pontos sem nós que já não cabem mais em mim, então cheguei a um ponto que transbordei.
"Transbordo não nego, volto quando couber"...não coube e então volto para cá para não deixar cair e perder todo esse líquido transbordado misto de sentimentos, sonhos, fantasias inventadas e vividas.
A periodicidade disso? Não sei, sempre que não couber, eu acho e sempre que der e também quando não mais der.
Encerro então aqui, as 05:03 esse ato.
Assinado,
Todos os meus eus.
Imagem encontrada em google.sk

sábado, 11 de maio de 2013

Noite escura da alma



Chorava, e o choro nao cessava. Chorava nao porque ele estava brigando com ela, mas pq ela sabia q estava errada, que a culpa era toda dela. "Somos os nossos proprios demonios" disse uma vez um jovem sabio. Parecia ter desistido da bruxaria, mas a bruxaria nao desistia dela. Até dava a impressao de estar num longo e constante ritual de inicial onde tudo começava escuro, que foi quando perdeu o emprego, sua mae foi embora e seus amigos sumiram, depois as provocações como ignorante, egoista, ciumenta, possessiva, vc nao faz nada de bom para ninguém  controladora, infantil e depois tudo clareia, fica tudo claro e essa luz mostra q vc é realmente tudo aquilo das provocações e que tudo o que vc achava certo esta errado. Vc ajoelha no chao e pede arrego, e se arrepende e queria q tudo tivesse bem, mas aí vem aquela voz e pergunta: Quanta verdade vc pode suportar?

domingo, 28 de abril de 2013

Ménage à trois



      
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Dor não tem nada haver com amargura. Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais, é pra ensinar a gente a viver. Desdobrável. Cada dia mais rica de humanidade
Numa noite eu estava oscilando tanto entre humores que iam do picante ao adocicado que sua bipolaridade foi o mais próximo que já cheguei de um ménage à trois.
Ménage à trois...3...triangulo, isso sempre me cerca, Maria q gostava de João, que amava Ana, que por sua vez nao conhecia Maria, mas Maria gostava de João, que agora nao sabia se caia nos braços de Ana ou cedia aos beijos de Maria. E de tão indeciso João surtou, Maria sabia de tudo e mesmo assim nao o deixou. E a coitada da pobre Ana fica no seu mundo cor-de-rosa igual ao seu cabelo, achando que está tudo lindo e perfeito.
Maria ria desses desencontros, mas passou do ponto e agora ela não sabe mais...ela quer paz.
Acredito na cura. Deito com as mãos sobre o rosto e penso, inocentemente, que tudo que sinto... era daquelas coisas que dão e passam. Faço cena de drama, com cabelo bagunçado, uma camisa larga uma taça de vinho, papel e caneta. Aprendi a fazer da dança dos ponteiros merthiolate e velava o calendário.
Quer saber? Deixa tudo como está: sereno.