Uma vareta poderia encaixar-se perfeitamente num buraco, ou uma pedra num vão, por mero acaso. Mas uma chave e uma fechadura são ambas complexas. E se uma chave se encaixa em uma fechadura você sabe que se trata da chave certa.
domingo, 29 de julho de 2012
Conto de fadas
"Fenerella, vc tem que entender que contos de fadas não existem!" E quem disse que não?
Essa historia que não existem príncipes encantados e donzelas em perigo é pura mentira!
Conto de fadas existem siiim! Só podem não durar "para sempre", mas como o tempo é relativo o "pra sempre" pode ser um só momento, uma só noite, uma só manhã, oito meses, um ano, uma semana, uma vida, um segundo.
Cada um monta sua linda historia de amor. E cada um é um tipo de principe.
Quem vai dizer que um principe encantado não se identifica em um beijo apaixonado? Em ganhar uma rosa no dias dos namorados, em um café da manhã, em chocolates no seu aniversario ou depois de uma briga? Em ao ver a lua e tomar um vinho, em ver um por do sol e tocar violão para vc ou então não sabendo tocar nenhum instrumento pedir para que toquem uma musica para vc só para e arrancar um sorriso. Em sair correndo atras de vc quando brigam, ou então cantando baixinho no seu ouvido "vem me fazer feliz porque eu te amo" enquanto te faz massagem para vc dormir. Os principes podem até nao vir de cavalo (depende, se vc mora no interior isso é possivel) mas eles aparecem. A diferença é quem nem todo mundo percebe que um conto de fadas é vc quem faz. A vida é ciclica, portanto logo que acaba um conto o outro começa. Se vai ter um final feliz? Depende 80% de você. Se vai ter um final? Isso depende com o desenrolar da historia. Lembre-se que nem todo termino tem que ter sofrimento ou ser ruim, afinal sofrer é opção.
Idependente de principe ser branco, negro, amarelo, mais novo, mais velho, morar perto, morar longe, ser serio, descontraído, ser calmo ou estourado, ele será o seu principe e faça da historia de vocês o seu conto de fadas, sinta a magia no ar pelo jeito que vocês se beijam, se apaixonem em cada olhar.
Posso dizer que tive sorte pois conheci a cultura de muitos reinos e quer saber? Sou muito feliz com isso, mesmo que um dia eu chore, não vou me arrepender porque eu vivi e também sou feliz em saber que existem vários principes por aí.
Fenerella Enid
terça-feira, 24 de julho de 2012
Restava a ela um mínimo de razão na loucura.
"Ele era o único que ela podia confiar isso, porque ele era covarde e não faria nada que partisse dele mesmo para impedir. Morria de medo, daquilo, da perda, da responsabilade, mas era fraco demais ao ponto de suportar o fato de nunca mais ouvir a gargalhada dela, como fato imutável.
Não suportaria perdê-la de novo – como havia perdido aos poucos-, então se afastou na ilusão de que aquilo acabaria. Agora passa os dias se lamentando, fazendo tudo errado, perdendo qualquer motivo que ela ainda tivesse pra pensar nele, pra amar ele, pra voltar. Nunca chegou a fazer nada porque restava a ela um mínimo de razão na loucura.
Ele.
E se importava um pouco com si mesma, pra logo perder o interesse e voltar as idéias proibidas, as ações de atentado quanto a própria vida.
Durava um segundo que ia se tranformando em minutos, horas, dias de desespero. O jeito dele agir sem segurança estava deixando-a cada vez
mais absurda consigo mesma. Desejando o fim do seu sofrimento.
No mais tardar, olhava para a lua e se perguntava se ele estaria olhando também ou se estava pensando na outra.
O que sobrava de si mesma eram pedaços dos outros, por isso sobrevivia. Mas aquilo de sobreviver ia acabando, como uma bateria já no final.
Os celulares todos desligados, a presença já não notável, os dias que chegavam ao fim trazendo uma única certeza: a de que ele não voltaria e a de que ela traria fim a própria vida.
E ele, fato consumado, único culpado."
Eu lembro dia e noite, noite e dia.
"Chorando o gelo que você me deu
Achando que você já me esqueceu
Não sei se foi você ou se fui eu, menino.
Tô na Bahia e tô sentindo frio
Praia tá cheia; em mim tudo vazio
Quebrei a corda, eu tô por um fio.
Eu lembro beijos, blues e poesia.
O sal na pele, você me lambia
Eu lembro a cara que você fazia
Será que eu lembro o que não existia?
E eu dizia: "Oh baby, I love you""
sábado, 7 de julho de 2012
Tudo se quebrando.
"Boa noite, amanha a gente se fala. Beijo" foram as ultimas palavras ditas no telefone aquela noite, com aquela voz desanimada, triste e baixa.
A luz do celular se apaga e eu abraço meu bichinho de pelúcia. Agora na cama somos apenas eu e ele começando a se molhar com as lagrimas que começam a cair.
Os pensamentos na cabeça "joga tudo para o alto, procure algo que você quer e do jeito que você quer." Do que adiantaria se o que eu quero nao posso ter com ele? E quero só com ele.
Esse anjo desperta a minha face mais sombria, envolta com sofrimento. Seria um amor não correspondido ou não compreendido?
Não há nada que pode ser feito. Nada que possa ser mudado, pois não depende apenas da minha vontade, do meu sentimento. Sinto como se eu tivesse sido deixada de lado. A linda bonequinha de porcelana na estante que o anjo cansou de brincar e foi recordar como era brincar com a outra boneca que ele brincava antes de me encontrar.
Pergunto para Afrodite se não podia ser mais facil? Se não era melhor eu nao me importar com esses tipos de sentimentos. Como agora eu desejo ser fria em relação a isso! Estar nem aí, não precisar dele, do toque, do cheiro, do beijo, não me preocupar, não querer, não sentir falta, mas infelizmente sou totalmente ao contrario, sou muito do sentir e não vou contra minha natureza. O que fazer enquanto isso? Nada! Esperar as lagrimas que molharam meu bicho de pelúcia e meu travesseiro secarem e continuar sentindo e despertando o que sinto em outras pessoas, para que se propague e não se acabe. Transmute e mude.
Fenerella Enid.
Assinar:
Postagens (Atom)